Marcondes Nambla foi encontrado na madrugada do dia 1º de janeiro com ferimentos graves na cabeça e será enterrado nesta quarta-feira em José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí
Marcondes trabalhava na escola indígena José Boiteux laklano, orientador da língua, lutava para fortalecer a língua xoklengFoto: Reprodução / Facebook
O professor Xokleng Marcondes Nambla foi encontrado desacordado na madrugada do dia 1º de janeiro, no Centro de Penha, no Litoral Norte de SC. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, que foi acionado na Rua Eugênio Krause por volta das 5h30min, a vítima estava inconsciente e com um ferimento profundo na cabeça. Havia suspeita de traumatismo craniano. Ele foi levado primeiramente ao Pronto Atendimento da cidade, e em seguida, foi encaminhado ao Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, onde foi internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Ele não resistiu e morreu no início da noite de terça-feira (02). Conforme o relato de testemunhas aos bombeiros, Marcondes teria sido agredido.
De acordo com informações da amiga e parceira de trabalho da vítima, Janaina Hubner, o colega teria ido trabalhar com um grupo no Litoral, para vender picolé. Marcondes havia saído sozinho para caminhar e ver a festa de Réveillon, mas não retornou. No dia seguinte, os companheiros descobriram que ele estava no hospital.
— Não sabemos quem encontrou, se já estava desacordado, espancado. Essa é a informação que eles têm. Desconfiam de assalto, mas achamos que foi excesso de violência — conta.
O corpo de Marcondes foi levado para a aldeia Barragem, em José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí, e o enterro está previsto para ocorrer até o fim da manhã desta quarta-feira (03).
Marcondes era professor na escola indígena José Boiteux laklano. Era orientador da língua e lutava para fortalecer a língua xokleng. De acordo com colegas, ele atuava como juiz na aldeia. Fazia trabalho voluntário e era formado no curso Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
A Polícia Civil de Balneário Piçarras, que atende a região durante o recesso em Penha, não foi comunicada oficialmente sobre o caso. O boletim de ocorrência teria sido registrado na terça-feira, por parentes de Marcondes, na Central de Polícia de Itajaí.
informação do site: http://jornaldesantacatarina.clicrbs.com.br/sc/seguranca/noticia/2018/01/professor-indigena-morre-apos-ser-agredido-em-penha-no-litoral-norte-10109487.html
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